Ontem nós vimos o Supremo Tribunal Federal julgar o indulto de natal do presidente Michel temer, o qual havia sido cancelado pelo ministro Barroso no ano passado, pelo fato de que ele colocava em liberdade os políticos corruptos presos.
O indulto de Temer não seguiu o padrão de 30 anos de democracia, alterando os critérios para concessão de liberdade, a fim de favorecer os políticos presos.
Durante o julgamento, presenciamos alguns ministros fazendo malabarismos jurídicos a fim de aprovarem o indulto e soltarem mais de 20 corruptos presos. Foi patético e até constrangedor, ver Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandovski atuando em favor de corruptos.
No momento em que o ministro Fux pediu vistas do processo, interrompendo a aprovação certa do indulto que estava sendo dado aos corruptos, assistimos perplexos à tentativa de rasgar o regimento interno do STF a fim de, mesmo com pedido de vistas, aprovarem, pelo menos, a soltura dos corruptos.
Obviamente, tudo travestido de legalidade, de interesse público.
Havia pressa dos ministros para soltarem os políticos presos. Tem muitos ministros devendo favores a políticos, tem muitos com o pescoço na forca pelos crimes que cometeram e que podem ser delatados pelos que estão presos.
Embora fiquemos perplexos e envergonhados com essa atitude, talvez só fiquemos assim por se tratar de outros! Sim, é comum sairmos atrás de soluções, de argumentos, de racionalizações, para encobrir o mal feito.
Se precisamos esconder alguma coisa errada, damos a volta ao mundo para encobrir. Se precisamos justificar o injustificável, criamos argumentos em nosso favor ou em favor da causa que defendemos.
Enfim, não somos diferentes dos excelentíssimos ministros do STF.
O chamado do Evangelho é para que nossa vida seja reta, podendo ser exposta à luz do dia e da verdade; assim, não precisaremos nos defender de nada.
E, havendo necessidade de defesa por algum erro cometido, a melhor sempre será pedido de perdão e disposição de corrigir o mal feito.
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